Nesse Dia Internacional da Mulher é impossível não olhar para as estatísticas de um cenário que inibe, afugenta, tortura e mata mulheres todos os dias e em todo mundo

  • 87 mil mulheres no mundo foram vítimas de feminicídio em 2017, segundo o relatório publicado pela ONU.
  • O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio e 40% dos feminicídios da América Latina.
  • Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela dados alarmantes
  • 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora em 2018
  • 4,6 milhões de mulheres foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais
  • A cada minuto, 9 mulheres foram vítimas desse tipo de agressão em 2018
  • 12,5 milhões de mulheres foram vítimas de ofensa verbal, como insulto, humilhação ou xingamento
  • 1,7 milhão foram ameaçadas com faca ou arma de fogo;
  • 1,6 milhão sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento. O número representa 3 mulheres por minuto.

Entretanto, mesmo nesse cenário pavoroso, as mulheres como sempre se mostram resilientes e fortes.

De acordo com a pesquisa do BCG (Boston Consulting Group), negócios tocados por mulheres ganham mais do que o dobro por dólar investido em relação às companhias criadas por homens. Ou seja, empresas de propriedade feminina são melhores investimentos para os financiadores, mesmo que eles não tenham percebido.

A pesquisa do SEBRAE, aponta que mulheres representam 52% dos novos negócios abertos no país. Há dez anos, esse número era inferior a 30%. A força do empreendedorismo feminino alcançou até mercados antes liderados pelo público masculino, como por exemplo, o da Tecnologia da Informação. Hoje as mulheres representam aproximadamente 20% do total de trabalhadores do segmento.

Essa é a melhor forma de reagir contra um passado defasado num mundo criado e pensado para homens. É em meio a esse ‘mar de diferenças’ que surgem mulheres-fênix, como a astrofísica brasileira Marcelle Soares-Santos, vencedora do prêmio da ciência mundial e reconhecida pela Fundação Alfred P. Sloan, que seleciona os melhores jovens cientistas do mundo.

Também, a professora paulistana Débora Garofalo, uma das dez finalistas do Global Teacher Prize, da Varkey Foundation, no Prêmio Educador Nota 10, o “Prêmio Nobel” da educação, uma premiação internacional que elege, anualmente, o melhor professor do mundo. O vencedor será anunciado no próximo dia 24.

E tantas outras mulheres que já conhecem e vivem o empoderamento feminino, antes mesmo dele ser batizado. Aquelas que vão ao Oscar denunciar violências, aquelas que surgem quando filho clama por colo, chora de fome, precisa estudar. Ainda aquelas que se destacam na alcateia de homes-lobos do mundo corporativo.

Aquelas que encontram na força das redes sociais um caminho para dar voz e ouvidos à luta e por ela transformar e cobrar transformação para uma nova ótica sobre o papel da mulher na sociedade.

Aquela que ressignificou o empoderamento, e deu a ele o sinônimo de poder de se transformar e se desdobrar em muitas outras mulheres.

Não, ela não vai parar. Ela desconhece a inércia. O melhor, é que seus filhos estão se espelhando nelas para planejar e construir o mundo de amanhã.

  • Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) é o serviço para denunciar a violência contra a mulher no Brasil e em mais 16 países
  • Acesse todas as informações de como proteger, denunciar e penalizar agressores podem mudar a percepção de impunidade nos crimes contra as mulheres.
  • Denuncie – não é só a vítima que pode denunciar casos de agressão contra a mulher. Pessoas próximas ou até desconhecidos também podem utilizar o canal ou registrar queixa na delegacia.
  • “Em briga de marido e mulher devemos, sim, meter a colher”
  • “O silêncio mata!

Time Pitchcom
Daniela, Isadora, Andrea, Carolina e Paula